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sábado, 23 de abril de 2011

Ogum–Parte VII

Para finalizar deixo minha mensagem.
Parabéns Orixá Guerreiro, Parabéns Ogum por seu dia. Agradeço vossa presença ao meu lado, acompanhando-me nessa caminhada da vida, abrindo meus caminhos, derrubando meus inimigos e vencendo as demandas, meus sinceros agradecimentos.
E a única coisa que lhe peço em seu dia é que abençoe e proteja cada pessoa que por aqui passar e olhai com ternura e carinho por todos que lhe são devotos.
Salve Ogum com sua força, coragem e bravura.
Salve quebrador de demandas.
Salve Orixá Guerreiro, nobre cavalheiro.
Ogunhê!
Caro leitor, fico por aqui. E deixo o link, caso haja interesse, do lindo conto de uma grande escritora, Bia Machado, que o escreveu em um dia de muita inspiração, chama-se:  A filha de Oxum e o Orixá guerreiro, vale muito a pena conferir: http://mp-umbanda.blogspot.com/2010/08/filha-de-oxum-e-o-orixa-guerreiro.html
Aqui me despeço, até a próxima postagem!! :)
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Ogum–Parte VI–Curimbas

toolbar-music-folder-240x240Continuando o bloco Ogum, postarei algumas curimbas.

 

 

 

Ogum, Iansã e Oxum
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O que se ganha de Ogum só Ogum pode tirar.
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Ogum Matinata
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Ogum Iara
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Ogum já venceu
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Ogum–Parte V

ogumDando continuação às lendas…

 

Ogum dá ao homem o segredo do ferro

Na Terra criada por Oxalá, em Ifé, os orixás e os seres humanos trabalhavam e viviam em igualdade. Todos caçavam e plantavam usando frágeis instrumentos feitos de madeira, pedra ou metal mole. Por isso o trabalho exigia grande esforço. Com o aumento da população de Ifé, a comida andava escassa. Era necessário plantar uma área maior. Os orixás então se reuniram para decidir como fariam para remover as árvores do terreno e aumentar a área de lavoura. Ossãe, o orixá da medicina, dispôs-se a ir primeiro e limpar o terreno. Mas seu facão era de metal mole e ele não foi bem sucedido. Do mesmo modo que Ossãe, todos os outros Orixás tentaram, um por um, e fracassaram na tarefa de limpar o terreno para o plantio. Ogum, que conhecia o segredo do ferro, não tinha dito nada até então. Quando todos os outros Orixás tinham fracassado, Ogum pegou seu facão, de ferro, foi até a mata e limpou o terreno. Os Orixás, admirados, perguntaram a Ogum de que material era feito tão resistente facão. Ogum respondeu que era o ferro, um segredo recebido de Orunmilá. Os Orixás invejaram Ogum pelos benefícios que o ferro trazia, não só à agricultura, como à caça e até mesmo à guerra.

Por muito tempo os Orixás importunaram Ogum para saber do segredo do ferro, mas ele mantinha o segredo só para si. Os Orixás decidiram então oferecer-lhe o reinado em troca do que ele lhes ensinasse tudo sobre aquele metal tão resistente. Ogum aceitou a proposta. Os humanos também vieram a Ogum pedir-lhe o conhecimento do ferro. E Ogum lhes deu o conhecimento da forja, até o dia em que todo caçador e todo guerreiro tiveram sua lança de ferro. Mas, apesar de Ogum ter aceitado o comendo dos Orixás, antes de mais nada ele era um caçador. Certa ocasião, saiu para caçar e passou muitos dias fora numa difícil temporada. Quando voltou da mata, estava sujo e maltrapilho. Os Orixás não gostaram de ver seu líder naquele estado. Eles o desprezaram e decidiram destituí-lo do reinado. Ogum se decepcionou com os Orixás, pois, quando precisaram dele para o segredo da forja, eles o fizeram rei e agora dizem que não era digno de governá-los. Então Ogum banhou-se, vestiu-se com folhas de palmeira desfiadas, pegou suas armas e partiu. Num lugar distante chamado Irê, construiu uma casa embaixo da arvore de Acoco e lá permaneceu. Os humanos que receberam de Ogum o segredo do ferro não o esqueceram. Todo mês de dezembro, celebravam a festa de Uidê Ogum. Caçadores, guerreiros, ferreiros e muitos outros fazem sacrifícios em memória de Ogum.  Ogum é o senhor do ferro para sempre.

Ogum livra um pobre de seus exploradores

Um pobre homem peregrinava por toda parte, trabalhando ora numa, ora noutra plantação. Mas os donos da terra sempre o despediam e se apoderavam de tudo o que ele construía. Um dia esse homem foi a um babalawo, que o mandou fazer um ebó na mata. Ele juntou o material e foi fazer o despacho, mas acabou fazendo tal barulho que Ogum, foi ver o que ocorria. O homem, então, deu-se conta da presença de Ogum e caiu a seus pés, implorando seu perdão por invadir a mata. Ofereceu-lhe todas as coisas boas que ali estavam. Ogum aceitou e satisfez-se com o ebó. Depois conversou com o peregrino, que lhe contou por que estava naquele lugar proibido. Falou-lhe de todos os seus infortúnios. Ogum mandou que ele desfiasse folhas de dendezeiro (mariwo), e as colocasse nas portas das casas de seus amigos, marcando assim cada casa a ser respeitada, pois naquela noite Ogum destruiria a cidade de onde vinha o peregrino. Seria destruído até o chão. E assim se fez. Ogum destruiu tudo, menos as casas protegidas pelo marido.

 

Ogum chama a Morte para ajuda-lo numa aposta com Xangô

Ogun e Xangô nunca se reconciliaram. Vez por outra  digladiavam-se nas mais absurdas querelas. Por pura satisfação do espírito belicoso dos dois. Eram, os dois, magníficos guerreiros. Certa vez Ogum propôs a Xangô uma trégua em suas lutas, pelo menos até que a próxima lua chegasse.  Xangô fez alguns gracejos, Ogum revidou, mas decidiram-se por uma aposta, continuando assim sua disputa permanente. Ogum propôs que ambos fossem a praia e recolhessem o maior número de búzios que conseguissem. Quem juntasse mais, ganharia. e quem perdesse daria ao vencedor o fruto da coleta. Puseram-se de acordo.

Ogum deixou Xangô e seguiu para a casa de Iansã, solicitando-lhe que pedisse a Iku (a morte) que fosse à praia no horário que tinha combinado com Xangô. Na manhã seguinte, Ogum e Xangô apresentaram-se na praia e imediatamente o enfrentamento começou. Cada um ia pegando os búzios que achava. Xangô cantarolava sotaques jocosos contra Ogum. Ogum, calado, continuava a coleta. O que Xangô não percebeu foi a aproximação de Iku. Ao erguer os olhos, o guerreiro deparou com a morte, que riu de seu espanto. Xangô soltou o saco da coleta, fugindo amedrontado e escondendo-se de Iku.  À noite Ogum procurou Xangô, mostrando seu espólio. Xangô, envergonhado, abaixou a cabeça e entregou ao guerreiro o fruto de sua coleta.

Créditos: Sociedade Espiritualista Mata Virgem

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Ogum–Parte IV

ogumDepois das características de Ogum e de seus filhos, postarei as lendas Dele, contudo dividirei esse post em dois devido a extensão das lendas.

Como Ogum Virou Orixá

Ogum lutava sem cessar contra os reinos vizinhos. Ele trazia sempre um rico espólio em suas expedições, além de numerosos escravos. Todos estes bens conquistados, ele entregava a Odúduá, seu pai, rei de Ifé.

Ogum continuou suas guerras. Durante uma delas, ele tomou Irê e matou o rei, Onirê e o substituiu pelo próprio filho, conservando para si o título de Rei. Ele é saudado como Ogum Onirê! - "Ogum Rei de Irê!"

Entretanto, ele foi autorizado a usar apenas uma pequena coroa, "akorô". Daí ser chamado, também, de Ogum Alakorô - "Ogum dono da pequena coroa".

Após instalar seu filho no trono de Irê, Ogum voltou a guerrear por muitos anos. Quando voltou a Irê, após longa ausência, ele não reconheceu o lugar. Por infelicidade, no dia de sua chegada, celebrava-se uma cerimônia, na qual todo mundo devia guardar silêncio completo. Ogum tinha fome e sede. Ele viu as jarras de vinho de palma, mas não sabia que elas estavam vazias. O silêncio geral pareceu-lhe sinal de desprezo. Ogum, cuja paciência é curta, encolerizou-se. Quebrou as jarras com golpes de espada e cortou a cabeça das pessoas. A cerimônia tendo acabado, apareceu, finalmente, o filho de Ogum e ofereceu-lhe seus pratos prediletos: caracóis e feijão, regados com dendê, tudo acompanhado de muito vinho de palma. Ogum, arrependido e calmo, lamentou seus atos de violência, e disse que já vivera bastante, que viera agora o tempo de repousar. Ele baixou, então, sua espada e desapareceu sob a terra. Ogum tornara-se um Orixá.

 

Lenda de Ogum Xoroquê

Uma vez ao voltar de uma caçada não encontrou vinho de palma (ele devia estar com muita sede), e zangou-se de tal maneira que irado subiu a um monte ou montanha e Xoroquê (gritou Ferozmente ou cortou cruelmente do alto da montanha ou monte), cobrindo-se de sangue e fogo e vestiu-se somente com o mariwo, esse Ogum furioso chamado agora de Xoroquê, foi para longe para outros reinos, para as terras dos Ibos, para o Daomé, ate para o lado dos Ashantis, sempre furioso, Guerreando, lutando, invadindo e conquistando. Com um comportamento raivoso que muitos chegaram a pensar tratar-se de Exu zangado por não ter recebido suas oferendas ou que ele tivesse se transformado num Exu (talvez seja por isso que chegue a ser tratado como sendo metade exu por muitos do candomblé). Antes que ele chegasse a Ire, um Oluwo que vivia lá recomendou aos habitantes que oferecessem a Xoroquê, um Aja (cachorro), Exu (inhame), e muito vinho de palma, também recomendou que, com o corpo prostrado ao chão, em sinal de respeito recitassem o seus orikis, e tocadores tocassem em seu louvor. Sendo assim todos fizeram o que lhes havia sido recomendado só que o Rei não seguiu os conselho, e quando Xoroquê chegou foi logo matando o Rei, e antes que ele matasse a população Eles fizeram o recomendado e acalmaram Xoroquê, que se acalmou e se proclamou Rei de Ire sendo assim toda vez que Xoroquê se zanga ele sai para o mundo para guerrear e descontar sua ira chegando ate a ser considerado um Exu e quando retorna a Ire volta a sua característica de Ogum guerreiro e vitorioso Rei de Ire.

Créditos: Sociedade
Espiritualista Mata Virgem

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Ogum–Parte III

ogum (3)Nessa parte colocarei algumas características e o arquétipo dos filhos de Ogum, também retiradas do documento da Sociedade Espiritualista Mata Virgem.

 
 
 
 
 
Características

Cor

Vermelha (Azul Rei) (Em algumas casas também o verde)

Fio de Contas

Contas e Firmas Vermelhas Leitosas

Ervas

Peregum(verde), São Gonçalinho, Quitoco, Mariô, Lança de Ogum, Coroa de Ogum, Espada de Ogum, Canela de Macaco, Erva Grossa, Parietária, Nutamba, Alfavaquinha, Bredo, Cipó Chumbo.(Em algumas casas: Aroeira, Pata de Vaca, Carqueja, Losna, Comigo Ninguém Pode, Folhas de Romã, Flecha de Ogum, Cinco Folhas, Macaé, Folhas de Jurubeba)

Símbolo

Espada. (Também, em algumas casas: ferramentas, ferradura, lança e escudo)

Pontos da Natureza

Estradas e Caminhos (Estradas de Ferro). O Meio da encruzilhada pertence a Ogum.

Flores

Crista de Galo, cravos e palmas vermelhas.

Essências

Violeta

Pedras

Granada, Rubi, Sardio. (Em algumas casas: Lápis-Lazúli, Topázio Azul)

Metal

Ferro (Aço e Manganês).

Saúde

Coração e Glândulas Endócrinas

Planeta

Marte

Dia da Semana

Terça-Feira

Elemento

Fogo

Chakra

Umbilical

Saudação

Ogum Iê

Bebida

Cerveja Branca

Animais

Cachorro, galo vermelho

Comidas

Cará, feijão mulatinho com camarão e dendê. Manga Espada

Numero

2

Data Comemorativa

23 de Abril (13 de Junho)

Sincretismo

São Jorge. (Santo Antônio na Bahia)

Incompatibilidades:

Quiabo

Qualidades

Tisalê, Xoroquê, Ogunjá, Onirê, Alagbede, Omini, Wari, Erotondo, Akoro Onigbe.

 

Arquétipo dos Filhos de Ogum 

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Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto. São conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande.

Os filhos de Ogum custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.

São pessoas determinadas e com vigor e espírito de competição. Mostram-se líderes natos e com coragem para enfrentar qualquer missão, mas são francos e, às vezes, rudes ao impor sua vontade e idéias. Arrependem-se quando vêem que erraram, assim, tornam-se abertos a novas idéias e opiniões, desde que sejam coerentes e precisas.

As pessoas de Ogum são práticas e inquietas, nunca "falam por trás" de alguém, não gostam de traição, dissimulação ou injustiça com os mais fracos.

Nenhum filho de Ogum nasce equilibrado. Seu temperamento, difícil e rebelde, o torna, desde a infância, quase um desajustado. Entretanto, como não depende de ninguém para vencer suas dificuldades, com o crescimento vai se libertando e acomodando-se às suas necessidades. Quando os filhos de Ogum conseguem equilibrar seu gênio impulsivo com sua garra, a vida lhe fica bem mais fácil. Se ele conseguisse esperar ao menos 24 hs. para decidir, evitaria muitos revezes, muito embora, por mais incrível que pareça, são calculistas e estrategistas. Contar até 10 antes de deixar explodir sua zanga, também lhe evitaria muitos remorsos. Seu maior defeito é o gênio impulsivo e sua maior qualidade é que sempre, seja pelo caminho que for, será sempre um Vencedor.

A sua impaciência é marcante. Tem decisões precipitadas. Inicia tudo sem se preocupar como vai terminar e nem quando. Está sempre em busca do considerado o impossível. Ama o desafio. Não recusa luta e quanto maior o obstáculo mais desperta a garra para ultrapassá-lo. Como os soldados que conquistavam cidades e depois a largavam para seguir em novas conquistas, os filhos de Ogum perseguem tenazmente um objetivo: quando o atinge, imediatamente o larga e parte em procura de outro. É insaciável em suas próprias conquistas. Não admite a injustiça e costuma proteger os mais fracos, assumindo integralmente a situação daquele que quer proteger. Sabe mandar sem nenhum constrangimento e ao mesmo tempo sabe ser mandado, desde que não seja desrespeitado. Adapta-se facilmente em qualquer lugar. Come para viver, não fazendo questão da qualidade ou paladar da comida. Por ser Ogum o Orixá do Ferro e do Fogo seu filho gosta muito de armas, facas, espadas e das coisas feitas em ferro ou latão. É franco, muitas vezes até com assustadora agressividade. Não faz rodeio para dizer as coisas. Não admite a fraqueza e a falta de garra.

Têm um grave conceito de honra, sendo incapazes de perdoar as ofensas sérias de que são vítimas. São desgarrados materialmente de qualquer coisa, pessoas curiosas e resistentes, tendo grande capacidade de se concentrar num objetivo a ser conquistado, persistentes, extraordinária coragem, franqueza absoluta chegando à arrogância. Quando não estão presos a acessos de raiva, são grandes amigos e companheiros para todas as horas.

É pessoa de tipo esguio e procura sempre manter-se bem fisicamente. Adora o esporte e está sempre agitado e em movimento, tendem a ser musculosos e atléticos, principalmente na juventude, tendo grande energia nervosa que necessita ser descarregadas em qualquer atividade que não implique em desgastes físicos.

Créditos: Sociedade
Espiritualista Mata Virgem

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Ogum–Parte II

OGUMAgora postarei um pouco sobre Ele, de um documento que achei, da Sociedade Espiritualista Mata Virgem.

Segue as informações:

Ogum

Divindade masculina ioruba, figura que se repete em todas as formas mais conhecidas da mitologia universal. Ogum é o arquétipo do guerreiro. Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exu, está mais próxima dos seres humanos. É sincretizado com São Jorge ou com Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa.

A relação de Ogum com os militares tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, sempre associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo ioruba. Dizem as lendas que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras (que são do conhecimento apenas dos iniciados), Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou. Porém, elas (as palavras) não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois, tendo excitado a fúria por sangue do Orixá, detonaram um processo violento e incontrolável; se não encontrar inimigos diante de si após ter sido evocado, Ogum se lançará imediatamente contra quem o chamou.

É orixá das contendas, deus da guerra. Seu nome, traduzido para o português, significa luta, batalha, briga. É filho de Iemanjá e irmão mais velho de Exu e Oxossi. Por este último nutre um enorme sentimento, um amor de irmão verdadeiro, na verdade foi Ogum quem deu as armas de caça à Oxossi. O sangue que corre no nosso corpo é regido por Ogum. Considerado como um orixá impiedoso e cruel, temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos, ele até pode passar esta imagem, mas também sabe ser dócil e amável. É a vida em sua plenitude.

A violência e a energia, porém não explicam Ogum totalmente. Ele não é o tipo austero, embora sério e dramático, nunca contidamente grave. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo; quando apaixonado, sua sensualidade não se contenta em esperar nem aceita a rejeição. Ogum sempre ataca pela frente, de peito aberto, como o clássico guerreiro.

Ogum não era, segundo as lendas, figura que se preocupasse com a administração do reino de seu pai, Odudua; ele não gostava de ficar quieto no palácio, dava voltas sem conseguir ficar parado, arrumava romances com todas as moças da região e brigas com seus namorados.

Não se interessava pelo exercício do poder já conquistado, por que fosse a independência a ele garantida nessa função pelo próprio pai, mas sim pela luta.

Ogum, portanto, é aquele que gosta de iniciar as conquistas mas não sente prazer em descansar sobre os resultados delas, ao mesmo tempo é figura imparcial, com a capacidade de calmamente exercer (executar) a justiça ditada por Xangô. É muito mais paixão do que razão: aos amigos, tudo, inclusive o doloroso perdão: aos inimigos, a cólera mais implacável, a sanha destruidora mais forte.

ferreiroOgum é o deus do ferro, a divindade que brande a espada e forja o ferro, transformando-o no instrumento de luta. Assim seu poder vai-se expandindo para além da luta, sendo o padroeiro de todos os que manejam ferramentas: ferreiros, barbeiros, militares, soldados, ferreiros, trabalhadores, agricultores e, hoje em dia, mecânicos, motoristas de caminhões e maquinistas de trem. É, por extensão o Orixá que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da tecnologia. Do conhecimento da guerra para o da prática: tal conexão continua válida para nós, pois também na sociedade ocidental a maior parte das inovações tecnológicas vem justamente das pesquisas armamentistas, sendo posteriormente incorporada à produção de objetos de consumo civil, o que é particularmente notável na industria automobilística, de computação e da aviação.

Assim, Ogum não é apenas o que abre as picadas na matas e derrota os exércitos inimigos; é também aquele que abre os caminhos para a implantação de uma estrada de ferro, instala uma fábrica numa área não industrializada, promove o desenvolvimento de um novo meio de transporte, luta não só contra o homem, mas também contra o desconhecido.

É pois, o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da expansão, da busca de novas fronteiras, de esmagamento de qualquer força que se oponha à sua própria expansão.

É fácil, nesse sentido, entender a popularidade de Ogum: em primeiro lugar, o negro reprimido, longe de sua terra, de seu papel social tradicional, não tinha mais ninguém para apelar, senão para os dois deuses que efetivamente o defendiam: Exu (a magia) e Ogum (a guerra); Em segundo lugar, além da ajuda que pode prestar em qualquer luta, Ogum é o representante no panteão africano não só do conquistador mas também do trabalhador manual, do operário que transforma a matéria-prima em produto acabado: ele é a própria apologia do ofício, do conhecimento de qualquer tecnologia com algum objetivo produtivo, do trabalhador, em geral, na sua luta contra as matérias inertes a serem modificadas .

É o dono do Obé (faca) por isso nas oferendas rituais vem logo após Exú porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das casas e templos (Um símbolo de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) - folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua proteção).

ogum e iansãOgum também é considerado o Senhor dos caminhos. Ele protege as pessoas em locais perigosos, dominando a rua com o auxílio de Exú. Se Exú é dono das encruzilhadas, assumindo a responsabilidade do tráfego, de determinar o que pode  e o que não pode passar, ogum e oxumOgum é o dono dos caminhos em si, das ligações que se estabelecem entre os diferentes locais.

Ogum foi casado com IANSÃ que o abandonou para seguir XANGÔ. Casou-se também com OXUM, mas vive só, batalhando pelas estradas e abrindo caminhos.

Créditos: Sociedade Espiritualista Mata Virgem

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Ogum

ogum (2)Hoje, 23 de abril de 2011, dia de Ogum, jamais passaria despercebido por mim, farei algumas postagens como homenagem a esse santo guerreiro, corajoso e vitorioso. Nessas postagens colocarei lendas, pontos, arquétipos e textos.

Começarei por um texto que recebi por email da Rita, aliás um lindo texto escrito por Cássio Ribeiro.

Salve Ogum

O Velho Kiumba, pisou naquela casa como se fosse dono, junto com ele uma legião de Eguns. Na cama da humilde casa Jorginho ardia em febre, e como se percebendo a presença deles começou a gritar. A mãe desesperada não sabia mais o que fazer. Ligou então para o marido que fora trabalhar hoje a duras penas, já que não queria deixar o pequeno doente, mas não tinha opção: ou ia trabalhar ou passavam fome. Com o coração apertado ele saiu e fez uma prece sentida a São Jorge para proteger seu filho. O Kiumba olhava a criança com asco, pois não via ali um menino indefeso, mas sim um grande médium: alguém que não deveria viver, pois se assim acontecesse iria por em risco muita coisa.


O menino, portanto seria um grande médium a serviço da Lei. E nosso terrível invasor não estava disposto a correr esse risco. Preferia levar logo aquele espírito a correr riscos no futuro. Do outro lado da cidade o pai do menino como que pressentindo a situação, resolve procurar ajuda, não sabe onde nem com quem, mas não volta pra casa sem encontrar alguma forma de ajudar o filho. Não sabia porem que essa decisão não era só dele, mas também e principalmente de amigos do plano espiritual que velavam por Jorginho. Um colega de trabalho umbandista notou-lhe o semblante carregado e resolve perguntar o que esta havendo. Então entre lagrimas o pai do menino conta que seu filho esta muito doente e já não tem a quem recorrer. O amigo se compadece e confessa ser Umbandista e salienta que hoje tem gira no terreiro. Propõe ao pai do garoto que vá com ele, após o expediente. Em seguida nosso amigo liga para a esposa e fala da conversa e do convite recebido, ela embora católica, não vê mal algum em rocurarem ajuda num terreiro de umbanda. No horário combinado lá vão os dois amigos. Um pai aflito e um médium devotado adentram ao terreiro humilde quando a noite já caia sobre a cidade acompanhada de uma fina garoa. Lá dentro os médiuns cantavam pontos, e a defumação já perfumava o ambiente. O pai pesaroso via tudo com interesse e ao mesmo tempo com certo temor.

ogum bA gira estava começando. Cantaram pára Exu, abriram a gira, e agora o terreiro inteiro cantava pra Ogum. Os médiuns eram paramentados com capas vermelhas, espadas de aço, capacetes, gritos de guerra eram ouvidos no terreiro. Então o Ogum chefe da gira manda chamar o pai do menino. Ele entra cheio de esperança, quer falar de seu filho, mas não consegue, pois lagrimas teimam e cair, sua garganta se fecha.
Sente uma energia enorme a sua volta, fecha os olhos, mas estranhamente vê vários homens que fazem em torno dele um circulo. São romanos, lhe parecem soldados romanos. Suas espadas são de luz, uma intensa luz, que parece algo forte demais. Do outro lado da cidade na sua casa Jorginho geme de dor, o Kumba sorri esta prestes a terminar seu intento. Mas não nota quando guerreiro com espadas em punho adentram ao quarto, Ogum Yara, Ogum de Lei, Beira Mar, Sete Ondas, Rompe Mato, Matinata, Narue, Sete Espadas, Ogum Marinho, estão todos lá. Envolvem o menino com sua luz, esse sorri aliviado, ao mesmo tempo fecham o circulo em torno do berço do menino agora formam uma Legião como em Roma antiga, avançam para o inimigo que está estático e assustado. Mesmo assim o velho Kiumba ordena a seus comandados que ataquem, alguns fogem de pura covardia, outros tolamente enfrentam as espadas sagradas, e são dizimados. Resta agora somente ele. Resoluto avança, ainda tem esperança de furar aquele bloqueio. Inutilmente, pois as espadas agora parecem mais cortantes e ele sente quando seu corpo espiritual é atingido. Resolve fugir, pois sabe que perdera essa batalha. Todos os Oguns dão seu grito de guerra. No berço o garoto os vê e sorri feliz, de alguma maneira ele sabe que está muito bem protegido agora. Antes de irem embora todos os Guerreiros cruzam aquela casa. Doravante nada adentrara ali para perturbar a família.


No terreiro o pai do garoto sente que algo ocorreu, mas não sabe bem o que. Em terra os grandes guerreiros lhe saúdam com suas espadas. Ele sai da roda aliviado e eternamente agradecido. Descobre que OGUM é sincretizado com São Jorge, e isso lhe emociona mais ainda já que seu filho recebeu o nome como homenagem ao grande santo. O humilde pai vai pra cSO_JOR~1asa aliviado e ao chegar sente que a casa esta mais cheia de energia, a esposa esta no quarto ao lado de um Jorginho revigorado. O pai abraça o filho emocionado. Parece nesse momento escutar o grito de guerra de Ogum. Um arrepio percorre seu corpo. O filho em seu braço olha para a porta e sorri diante do cavaleiro que montado em lindo cavalo branco acena para ele.


O mundo espiritual sorri tranqüilo e em breve a Umbanda ganharia um médium devotado.

Autor: Cássio Ribeiro

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Curimba de Ogum

Ogum (1)Logo menos é dia de Ogum (23/04) e antecipando homenagens, resolvi postar uma curimba Dele, aliás a primeira no blog, que será o lindo video que o Ricardo Barreira, postou em seu twitter.

Uma música magnífica na voz de Carlos Buby.

A música toda é linda e cheia de significado, por isso não colocarei a melhor parte dela.

Aprecie:

 

 

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sábado, 16 de abril de 2011

Não direi mais

Recebi outro email da Rita, com uma mensagem linda para refletirmos sobre o que proferimos.  Segundo uma sábia cabocla que eu conheço: “Se falamos coisas boas, atraímos coisas boas. Se falamos coisas ruins, atraímos coisas ruins. As palavras tem poder. “

Então, resolvi postar o lindo texto aqui, para você desfrutá-lo e refletir sobre as palavras que você anda falando.

7orixasNão direi mais

Não direi mais "não posso",
Pois Ogum me trará a persistência, determinação e tenacidade para conseguir.
Não direi mais "não tenho",
Pois Oxossi me dará a energia vital para trabalhar e obter.
Não direi mais "não tenho fé",
Porque Omulu me ensinará a compreender e aceitar meu karma.
Não direi mais "sou fraco",
Porque Oxum me trará equilíbrio emocional,
Iemanjá a auto-estima e Iansã clareza de raciocínio para que eu entenda as minhas limitações.
Não direi mais "não sei",
Pois Xangô me trará o conhecimento, para que eu o use com discernimento e justiça.
Não direi mais "estou derrotado",
Porque aprendi com cada entidade da Umbanda que nada supera a força de sermos filhos de Deus.
Não direi mais "estou perdido",
Pois encontrei a Umbanda, que com a luz do amor e da caridade, iluminou minha alma e me deu um caminho.

Créditos: Marcilene Lima

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Descontração

Recebi da Rita um email com uma piadinha que compartilho com vocês, para fugir um pouco das postagens sérias, para descontrair.

 

espiritacatolicoevangelico

Créditos: Alexandre Cumino

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Inauguração

contato

Com esse título, você, caro leitor, deve estar se perguntando “Inauguração do que? do blog?” Eu respondo: “Não, o blog vai fazer 4 anos esse ano. “ Você espantado pergunta: “Jura? Sério? Tudo isso?”. É, esse blog foi criado em 2007, por volta de Dezembro, contudo não sei precisar o dia, por isso, colocarei aqui uma data que eu gosto: 07/12/2007. Estabelecida a data de aniversário do blog e deixando-a registrada aqui, volto ao assunto inicial do post que é a Inauguração da categoria Contato (não, não é contato com Ets). Se você meu leitor, ou você, é, você mesmo que está chegando agora, como um novo visitante e gostaria de dar sugestões, críticas, pedir uma curimba para se postada aqui, tirar dúvidas enfim, você que queira conversar comigo, sinta-se a vontade e mande-me um email pela categoria recém criada: Contato

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terça-feira, 12 de abril de 2011

Senhor Tiriri

1TIRIRIQuem nunca ouviu falar do site Sobrenatural.org ? Está bem, não é um site lá muito conhecido, risos. Resumidamente, é um site, com relatos sobrenaturais, lendas urbanas, contos e outras coisas. Olhando os conteúdos da categoria aguardando liberação, me deparo com a seguinte Lenda Urbana: “Seu Tiriri” … hummm … como boa umbandista fui ler e ver do que se tratava. A princípio achei fantasioso demais, contudo resolvi dar créditos, pois, afinal toda lenda tem seu fundo de verdade.

Segue a lenda:

Seu Tiriri

Era uma vez André, um mágico que se apresentava num circo
nômade. Uma vez, o
circo instalou-se perto de um reino e lá este rapaz
apaixonou-se por uma camponesa chamada Marilda. Porém, como esta jovem era muito ciumenta, ela pediu para que André abandonasse a
carreira artística para casar-se. Então ele desistiu de ser artista de circo, casou-se com sua amada e virou lavrador. Assim o casal teve um filho chamado Timóteo, que recebeu o apelido de Tiriri. Deste jeito André ensinou as artes dos truques circenses para seu filho, que se tornou um agricultor honesto e trabalhador. Mas que, nas horas vagas, fazia mágica para as crianças na praça da aldeia vestido com uma cartola preta e uma capa vermelha. Sem falar que este mágico estava sempre acompanhado de seu gato preto de estimação. Certo dia, o rei viu Tiriri fazendo seus truques, achou o rapaz divertido e convidou o artista para uma apresentação na corte. Quando o mágico foi se apresentar para os nobres, uma mulher ruiva chamou
a sua atenção na platéia. Após o espetáculo, a moça de cabelos vermelhos entrou no camarim e disse-lhe: - Parabéns! - Você é um excelente artista! - Sou a princesa Sara e quero conhecer a sua pessoa melhor. Após estas palavras, a dama aproximou-se de Tiriri e beijou-lhe. A partir daquele instante os dois passaram a namorar às escondidas. Porém numa tarde em que os dois foram se encontrar no meio da floresta, o rei e seus soldados seguiram a princesa e pegaram o casal em flagrante. Desta maneira, o rei prendeu Tiriri na masmorra e cortou uma parte do seu rosto. O rei disse para a princesa Sara que se ela não se casasse com o príncipe, que seu pai escolheu para ela, Tiriri seria morto. Deste jeito a filha obedeceu ao rei. Apesar da solidão da cela, o mágico recebia a visita de seu melhor amigo: o gato preto, que sempre dava um jeito de entrar na masmorra sem que ninguém percebesse. Na prisão, o moço pegou doenças como: lepra e
tuberculose. Reza a lenda que, antes de falecer, Tiriri falou assim com seu bicho de estimação:
- Quando eu morrer, me transformarei em uma alma para ajudar
as pessoas que foram presas injustamente e que sofrem de torturas.
Dizem que se uma pessoa tiver um parente que foi preso injustamente, ela deve rezar para Seu Tiriri, pois o mágico sempre dá um jeito de libertar os injustiçados.

Postado por Alana Pereira
no site
Sobrenatural.org
Link Original da postagem:
Seu Tiriri

Até a próxima !!!

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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Curimbas de Exu

1ExuOlá caro leitor,

Depois de falar sobre Exu, disponibilizar as lendas de Exu, agora disponibilizarei alguns pontos para ouvir, para download, não, pois acredito que os direiros autorais não permitam isso, visto que não tem esses pontos para download (Já vasculhei a internet inteira e não encontrei) . Bom aí você me pergunta, se não tem na internet como eu consegui a curimba? Simples, consegui com um irmão de Umbanda.

O primeiro ponto que eu vou colocar aqui chama-se Casa de Lei, um ponto lindo demais.

E a parte que mais gosto dele é a seguinte :

“Casa de Lei, não é pra brincar.”

Artista Desconheci...
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