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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Arco-Íris

Pote de Ouro

arco-iris

Hoje, ao acordar, fui até a janela e me deparei com algo lindo. Sabem aquela história do Arco-Íris e do pote de outro no final dele?

Então, lindo e magicamente, lá estava ele na minha janela. O início do Arco-Íris bem na minha janela, cores lindas e bem definidas pulsantes no tempo e exatamente na minha frente! Meu coração ficou extasiado e eu maravilhado com a visão e como que por mágica ele desvaneceu logo em seguida e assim começou meu dia. Não tentei interpretar ou explicar, apenas agradeci o que vi e senti porque pra mim foi um presente lindo.

Ao comentar com minha irmã, ela me disse: “A interpretação que tive disso foi que tudo começa e vem da gente.” Foi aí que parei pra pensar na história do pote de ouro no “pé” do Arco-Íris e refletir sobre aquele momento.

Realmente, tudo começa e vem da gente, experiências boas ou tuins. Tudo realmente vem da gente e naquele momento eu encontrei meu pote de ouro, meu e demais ninguém! Que vibra, brilha, enriquece e me ensina, mesmo que com dores, às vezes: meu coração.

Cada um tem seu pote de ouro e ele está sim no pé do Arco-Íris. Hoje acredito nisso mais do que nunca, e esse Arco-Íris não está além da montanha como sempre vimos e falamos quando crianças, mas sim dentro de cada um de nós e é lá que precisamos encontrar seu “pé” e, lá, certamente, encontraremos o tão desejado pote de ouro. Naquele momento mágico, onde menos esperamos e nos deparamos com a verdade essencial que sempre possuímos, mas que pelas dificuldades interiores de cada um, muitas vezes deixamos de ver e sentir. Toda Verdade que buscamos, muitas vezes fora de nós, acredito estar dentro de nosso íntimo.

DEUS2Até mesmo Deus, que muitos procuram em templos, igrejas e terreiros, onde Ele está mesmo? Em nós! Dentro de cada um de nós, pois somos Vossas centelhas Divinas, possuidores da essência d’Ele e a partir d’Ele, existimos. Quando não encontramos Deus dentro de nosso íntimo primeiro, não encontramos a Fé verdadeira que deve existir em nosso coração sem uma explicação exata ou coerente, pois o ato de ter Fé é nada mais nada menos que acreditar naquilo que muitas vezes não se pode explicar nas condições humanas que nos encontramos e consequentemente, não encontramos Deus em nenhum outro lugar.

Nossas melhorias, nossa evolução e nosso aprendizado perante as vicissitudes da vida também só dependem de nós mesmos e por isso desejo que cada um de meus irmãos de Fé busque seu Arco-Íris e encontrem seu Pote de Ouro dentro de si. Espero de coração que um dia acordem e vejam, assim como eu, suas cores vivas e vibrantes em suas janelas e entendam que tudo parte de cada um de nós.

Que Pai Oxalá nos abençoe cada dia mais e nós fortaleça Fé verdadeira em nosso íntimo e Pai Oxumarê nos dê o conhecimento para conseguirmos renovar o que precisamos em nossas vidas para sermos cada dia melhor!

por Nondas Okiama – contatos: okinondas@gmail.com
Créditos: JUS – Jornal de Umbanda Sagrada

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domingo, 3 de julho de 2011

Pitangueira

Herbs and Spices

Faz tempo que não posto nada sobre ervas e o JUS tem uns artigos bem interessantes sobre elas. É um desses artigos que vou compartilhar aqui!

980herbsEspaço do Erveiro

Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas em Jurema. Saravá! O espírito das ervas é verdadeira Imanência Divina.

De acordo com o dicionário Aurélio, é definida imanência como a qualidade que existe em algo e não é separado dele, independente de ação exterior; que está contido e que um ser participa, ou que tende, ainda que por intervenção de outros seres.

As ervas carregam um poder único, indivisível, mesmo que esteja adormecido. Esse poder ou poderes contidos na erva, quando ativados corretamente, proporcionam ao ativador ou ao objetivo a ser beneficiado, a realização desse poder em integridade ou em partes. Dependendo da ação e principalmente do merecimento mútuo.

Muitas são as formas de ativar uma erva ou um preparo com elas. Cada contexto religioso procurou da sua forma proteger o conhecimento para que não caísse em mãos erradas, para que permanecesse em “família” e para que fosse ferramenta de poder.

Sabemos que o conhecimento é poder, e esse poder realizador pode ser positivo, para o bem e para o progresso do ser humano, ou negativo, involutivo mesmo.

A inexatidão causada por essa necessidade de proteção do conhecimento sobre as ervas, causou e causa muita confusão. A associação das ervas aos sagrados Orixás é um exemplo disso. Muitos escritos sobre ervas apontam uma ação do elemento vegetal atribuída a um Orixá, mas depende da interpretação, velada ou não, dessa divindade.

surinam cherry

Um exemplo é a pitangueira (Eugenia uniflora L.), suas fiolhas e frutos. Em diferentes contextos e regiões, a pitanga é atribuída a um Orixá ou Divindade diferente.

ossaimNa cultutra jêje nagô, de acordo com o Professor Doutor Pessoa de Barros, é associada a Oxum e Ossaim,
pois suas folhas perfumadas são usadas para forrar os barracões em dia de festa dessa Mãe Orixá, pois atraem a prosperidade assim como seu banho e sacudimento (bate folhas).

Os batuqueiros no sul do país associam-na à purificação na vibração de Mãe Iansã.

Há um inconsciente popular que associa a pitanga à Pai Ogum. Talvez por aparecer em vários preparos de descarrego ou purificadores de acordo com Verger.

E quem está certo: Como podemos definir a “verdadeira” vibração da erva e sua associação com o Orixá correto?

No nosso ponto de vista em Magia Natural; e eu prefiro usar esse termo pois a magia natural não tem dono senão nosso Divino Criador e seus mecanismos reguladores; a definição vibratória está na natureza e seu poder transformador latente está disponível a quem se digna a usá-lo com amor, bom senso, e critérios de respeito às coisas divinas.

A erva carrega um poder realizador que é associado a um ou mais verbos, uma coloração energética que é perceptível pela mediunidade, entre outros fatores provenientes dessa Imanência Divina que citamos, e que é capaz de desencadear a partir de uma ativação religiosa, onde a presença do guia espiritual é vital, ou magística, onde a iniciação aos mistérios Divinos é imprescindível, seu fantástico poder de realização.

Quando interpretamos uma erva pelo seu simples formato, aroma, toxidade, coloração física, ligamos apenas os sentidos materiais de percepção visual, olfativa, tátil e de paladar. Para perceber como essa erva funciona no seu estado imaterial, energético mesmo, precisamos de apurada sensibilidade e de parâmetros que nos guiem para uma melhor interpretação.

Nunca canso de dizer que se temos hoje uma forma de interpretar as vibrações, sentidos e elementos ligados as 7 linhas da Umbanda, é graças ao corajoso trabalho do nosso amigo e mestre Rubens Saraceni no campo campo da Magia Divina e da Teologia de Umbanda. Antes desse trabalho, fundamentado por mais de 50 livros publicados, não havia sido tratado com tanta coerência as coisas simples do terreiro, que sabíamos na prática, mas desconhecíamos em essência.

A associação de verbos como o poder realizador, fatores de toda a criação, só foi possível com o trabalho do Mestre Rubens, que trouxe simplificação, entendimento e conhecimento para o simples. Lembro também do apoio que o Rubens nos deuquando criamos os primeiros cursos de uso reitualístico de ervas, e todo o trabalho reafirmado através da abertura da magia das sete ervas sagradas, cujo campo é maravilhoso, simples e divino, e sou muito grato a ele e aos mestres da luz por terem permitido tudo isso.

Voltando à pitanga, para nosso entendimento de ligação com o Orixá, buscamos a forma que a erva trabalha no campo astral humano, e no campo astral de uma casa por exemplo.

Porque ela é vista como uma erva de limpeza e prosperidade?
Vamos analisar.

A pitanga “movimenta” tudo o que toca com sua vibração. Tira do lugar comum, ajuda a tomada de decisões, pois movimenta o pensamento. É direcionadora por excelência, colocando cada coisa no seu lugar. Ajuda, desde que ativada com esse propósito, a encontrar o melhor caminho, a melhor saída e solução para um problema.

iansa

Num pirmeiro momento, poderíamos dizer ser a pitanda uma erva de Ogum, mas analisando mais detalhadamente seu campo de ação, indiscutivelmente chegamos a vibração de Mãe Iansã.

Isso não quer dizer que seja a única vibração presente, pois o fator ogum (3)expansão, de dentro para fora. Nesse caso encontramos Oxóssi. E infalivelmente há também a vibração de Ogum, pois ela carrega de forma sutil, fatores cortadores para que esse direcionamento seja íntegro, ouseja, poderíamos concluir numa frase que: A Pitanga movimenta cada coisa para seu devido lugar!

Mente, corpo, espírito. As ervas lidam com nosso bem estar global. Aqui demos um exemplo de definição de ervas x Orixás para apenas uma erva. Vamos associá-las a outras.

Pitanga + Aroeira + Arruda = limpeza, ordenação, razão.
Pitanga + abre caminho + rosas vermelhas = motivação, interesse, indicada para depressão e preguiça.
Pitanga + rosas vermelhas + Artemísia = auto estima.
Pitanga + jasmim + alfazema + anis estrelado + água de côco = aceleração do desenvolvimento mediúnico
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Autor: Adriano Camargo
adriano@ervasdajurema.com.br
www.erveiro.com.br
Créditos: JUS – Jornal de Umbanda Sagrada

 

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sábado, 2 de julho de 2011

Quiumba ou “Guia 2”?

6180demonioEu estava lendo o JUS (Jornal de Umbanda Sagrada) deste mês e me deparei com um texto bem interessante que vou dividir com vocês.

Os ‘Guias’ estão ameaçando me destruir

Recentemente eu ouvi este comentário: “A minha cunhada recebeu a pombagira lá em casa e ela me ameaçou, dizia que iria destruir a minha vida!”. A pessoa me fez este comentário assustada e em seguida me fez a seguinte pergunta: “O guia tem poder para isso? Ela pode agir assim? O que eu faço agora?”.

Estes comentários são comuns diante deste cenário, acho que até eu os faria se não conhecesse a estrutura da Umbanda, porém, não é comum uma entidade de Umbanda falar que vai “destruir a vida de alguém” e, ainda mais, com tanta convicção.

AlmaSe realmente são entidades de Luz, então estão para nos ajudar, auxiliar, orientar e direcionar. Umbanda é uma Religião e só pode fazer o bem, logo esta frase que possui um teor devastador não pode sair de uma entidade de Luz e muito menos de uma entidade que possa trabalhar na Umbanda, mas existem avaliações que devem ser levadas em consideração para tal fato ter ocorrido.

Os Guias existem para nos proteger e nnos ajudar a evoluir, mas ameaças são semrpe ameaças e devemos entender o fundamento dessas neste caso.

Estamos em constante processo de evolução. Será que o Guia não queria dar um susto para uma correção de problemas presentes onde poderão agravar-se no futuro e talvez até mesmo se tornarem irreversíveis?

Às vezes cometemos erros, ou andamos por caminhos incorretos, onde a única forma de acordar é dando um susto, o que não é uma forma muito comum de chamar a atenção de alguém  Será então o caso da pessoa ser o famoso “Lobo em pelo de Cordeiro”? Aquele que parece ser a melhor pessoa do mundo, mas no fundo é alguém manipulador, encrenqueiro, falso, mentiroso, etc. e, devido a isso, o suposto Guia vem e te dá um '”susto”?

Existem os “supostos Guias espirituais”, que eu costumo chamá-los de Quiumbas, onde se passam por Guias e na verdade não são. Eles apenas estão com vontade de azucrinar, de atrapalhar e de confundir você bem como todos ao seu redor. Neste caso, precisamos conhecer muito bem nossos Guias para que não tenhamos influências negativas destas obscuras entidades, mas existe também, em minha opinião, o pior dos casos, costumo chamá-los de “Guia 2” e para falar a verdade é o mais preocupante de todos. Porque muitas vezes as pessoas possuem as intenções, vontades, só não têm o essencial “a coragem” para expor suas vontades naturalmente ou dizer o que pensa, então acabam utilizando a “imagem” de um suposto Guia, o famoso “Guia 2 “, como máscara para relatá-las. Nestes casos, existem aqueles que bebem em demasia, que se rebelam, que se dizem ser os matadores, aquelas que se esfregam, etc.. Então, a pessoa supostamente com o “Guia” faz um monte de pedidos e fala muita atrocidade, sendo que, para aqueles que não conhecem, sentem-se indefesos e até mesmo com medo, porque não conhecem a estrutura da Umbanfa e acabam acatando tudo que o suposto “Guia’ está pedindo, gerando uma visão muito errada da Religião, mas conseguindo satisfazer suas vontades.

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Mas como a Umbanda vê isso? Com relação à estrutura da Umbanda: “Umbanda é uma Religião e por isso só pode fazer o bem!”, com base nisso fica um pouco complicado crer que uma Entidade que trabalha para o BEM dentro das Leis de Deus, possa fazer mal contra alguém, mesmo que esta pessoa venha merecer. Mas, a Justiça Divina é quem deverá se encarregar desta tarefa e não nossos Guias ou seres encarnados.

No caso citado, o que devemos observar também é que a cunhada pode ter algo contra a pessoa e não tem coragem de dizer e, desta forma, começa a utilizar desta “ferramenta” como uma fuga para exteriorizar o que sente ou o que deseja. Precisamos tomar muito cuidado com este tipo de “entidade” que deseja a destruição do próximo. Será que uma entidade de altíssima graduação e luz faria isso mesmo? Desejaria a destruição? Isso tudo está contra os preceitos de nossa Religião, Umbanda.

Mas, o que eu devo fazer no caso de ser um “Quiumba” ou até mesmo um “Guia 2”? Vire as costas e saia, deixe-o(a) sozinho(a), porque se realmente for um “Quiumba” ou “Guia 2”, com quem ele poderá discutir se deixá-lo(a), sozinho(a)? Se não tem com quem brigar, então não tem briga, É simples, ninguém gosta de discutir sozinho, até porque a discussão é algo que acontece no mínimo entre duas pessoas e neste caso se você deixa de lado, logo perde o sentido da “entidade” estar presente e tentar te ameaçar.

Agora, se você resolver ficar para ouvir, ou por medo, ou para debater ou por curiosidade, você irá escutar o que não quer ouvir ou o que não precisa ser oudivo.

Mas, se no caso a suposta entidade continuar com isso, conduza a pessoa até um centro contando o caso para o(a) Dirigente, pois a pessoa necessita de Doutrina, necessita de ensinamentos e muita orientação. Lembrando que não são as entidades que necessitam d eDoutrina e sim nós que precisamos muito desses princípios.

Danilo L Guedes – 28/04/2011 –
srcatacumba@gmail.com Revisado
por: Raquel Carpani de Oliveira
Créditos: JUS – Jornal de Umbanda Sagrada

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