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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Orixás

Escolhendo entre os textos que tenho pra postar encontrei dois sobre orixás que acho que de certa forma se completam portanto colocarei os dois aqui. Boa leitura e aprendizado! :D

orixas (1)

Orixás

“A Ciência Divina nos ensina que tudo o que Deus projeta tem dupla polaridade”

O Criador não se contradiz em suas Leis e o mesmo que verificamos aqui em nosso plano é fato no “Plano das Divindades”, nossos amados Orixás, onde: Uns são de natureza Masculina e outros de natureza Feminina, uns são de magnetismo positivo e outros de magnetismo negativo, uns são passivos e outros ativos, uns são irradiantes e outros absorventes, uns são cósmicos e outros universais . A classificação, de cósmico e universal, é feita para que possamos distingüir sua forma de atuação, onde:

Os Orixás Cósmicos são considerados ativos pois atuam de forma intensiva a fim de transformar o ser, são monocromáticos e “impõem as suas cores a tudo o que tocam ou trespassam” chegando a alterar a cor original de algo ou alguém; irradiam-se em um único padrão vibratório e só chegam a quem estiver vibrando no mesmo padrão.

Os Orixás Universais são considerados passivos pois atuam no sentido de ressaltar as qualidades já encontradas no ser, são multicoloridos e assim valorizando as cores originais de algo ou alguém; irradiam-se em todos os padrões vibratórios e chegam a todos.

O Criador se manifesta para nós de forma sétupla, em sete irradiações, e para cada uma delas encontraremos um par de Orixás assentados, onde um a manifesta de forma cósmica e outro a manifesta de forma universal, onde um é masculino e outro feminino. Com o tempo, paciência e amor, entenderemos melhor a atuação das Divindades em nossa vida, veremos as qualidades de Deus nelas, e as reconhecendo no semelhante, aprenderemos a ter mais respeito, amor e compaixão pelo próximo. Deixemos de ver os defeitos e passemos a procurar as qualidades de nossos irmãos, a Umbanda nos ensina, sejamos dóceis às orientações do Alto.

Autor: Alexandre Cumino

os orixas

Orixás de Frente, Ancestral e Adjunto

Orixá Ancestral é aquele que magnetizou o ser assim que este foi gerado por Deus e o distinguiu com sua qualidade original e natureza íntima, imutável e eterna. Poderemos reencarnar mil vezes e sob as mais diversas irradiações, e nunca mudará nossa natureza íntima.

Orixá de frente é aquele que rege a atual encarnação do ser e o conduz numa direção no qual o ser absorverá sua qualidade e a incorporará às suas faculdades, abrindo-lhes novos campos de atuação e crescimento interno permanente.

Orixá Adjunto é aquele que forma par com o Orixá de frente, apassivando ou estimulando o ser, sempre visando ao seu equilíbrio íntimo e crescimento interno permanente.

A cada encarnação, há troca de regência de encarnação. E nessa troca, os seres vão evoluindo e desenvolvendo faculdades relativas a todos os Orixás.

Na ancestralidade, todo ser macho é filho de um Orixá masculino e todo ser fêmea é filha de um Orixá feminino.

Existem sete naturezas masculinas e sete naturezas femininas tão marcantes que é impossível ao bom observador não vê-las nas pessoas.

Podemos identificar a ancestralidade de alguém observando o olhar, as feições, os traços, os gestos, a postura etc., pois estes sinais são oriundos da natureza íntima do ser, apassivada pela regência de encarnação, mas não anulada por ela.

Podemos identificar o Orixá Adjunto nos gestos e nas iniciativas das pessoas, já que é por intermédio do emocional que ele atua.

Autor: Rubens Saraceni

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Quem és Exu?

img_thamuz Quem és, oh Elegbara!? Que com teu falo em riste deixava estupefatos os zelosos sacerdotes do clero católico. Só pode ser o demônio infiltrado nestas tribos primitivas que habitam o solo árido da África, gritavam os inquisidores preocupados. Negros sem alma, que só pensam em se reproduzir, em ofertar para a fertilidade da lavoura, levem-nos para o Brasil e vendam-nos como escravos que lá aprenderão as verdades dos céus. Cá chegando, quem és, Exu, "orixá" amaldiçoado pela dualidade judaico-católica, que não pôde ser sincretizado com os "santos" santificados pelos papas infalíveis...

Quem és, Exu, que os homens da Terra determinam que não é santo e por isto é venerado escondido no escuro das senzalas e seus assentamentos ficam enterrados em locais secretos?

Quem és, Exu, que o vento da liberdade que aboliu a escravidão "enxotou" para as periferias da capital de antanho?

Quem és, Exu, que o inconsciente do imaginário popular vestiu com capa vermelha, tridente, pé de bode, sorridente entre labaredas, que por alguns vinténs, farofa, galo preto, charuto e cachaça, atende os pedidos dos fidalgos da zona central que vêm até o morro em busca dos milagres que os santos não conseguem realizar?

Quem és, Exu, que continua sendo "despachado" para não incomodar o culto aos "orixás"? Exu, é entidade?

Então não entra dizem os ortodoxos que preconizam a pureza das nações. Aqui não tem lugar para egum...espírito de morto... Exu, fique na tronqueira. Médiuns umbandistas pensem nos caboclos e pretos velhos, não recebam estes Exus, admoestam certos iniciados chefes de terreiro. Eles são perigosos para os iniciantes. Sim, estes iniciantes e iniciados que pelo desdobramento natural do espírito durante o sono físico vão direto para os braços do seu quiumba - obsessor- de fé, e saem de mãos dadas para os antros de

sexo, drogas, jogatinas e outras coisitas prazeirosas do umbral mais inferior. Noutro dia, sonolentos e cansados do festim sensório, imputam a ressaca ao temível Exu.

Oh! Quantas ilusões!!!!!!

Afinal, que és tu, Exu?

Por que sois tão controverso?

Eu mesmo vos respondo...

Iah, ah, ah, ah....

Não sou a luz...

Pois a luz cristalina, refulgente, só a de Zambi, Olurum, Incriado,

Deus, seja lá que nome vocês dão...

Não sou a luz...Logo sou espírito em evolução.

Esta não é uma peculiaridade nossa, só dos Exus, mas de todos os espíritos no infinito cosmo espiritual. Afirmo que não existe espírito evoluído, como se fosse um produto acabado. Todos os espíritos, independente da forma, estão em eterna evolução, partindo do pressuposto que só existe um ser plenamente perfeito, um modelo de absoluta perfeição, o próprio Absoluto, Deus. Assim, perante os "olhos" de Olorum, sou igual aos pretos velhos, caboclos, baianos, boiadeiros, ciganos, orientais... As distinções preconceituosas ficam por conta de vocês.

Não sou a luz, mas tenho minha própria luminosidade, qual labareda de uma chama maior, assim como todos vós. Basta tirar as nódoas escuras do candeeiro que vos nublam o discernimento que podereis enxerga-la, lá dentro de vós, o que chameis de espírito. Há algo que me distingue dos demais espíritos. É o fato de eu não estar na luz. Meu habitat é a escuridão. Os locais trevosos onde há sofrimento, escravidão, dominação coletiva, magismo negativo, castelos de poder alimentados pelo mediunismo na Terra que busca a satisfação imediata dos homens, doa a quem doer. O que eu faço lá?

Eu, um Exu, entre tantos outros, levo a luz às trevas, qual cavaleiro com estandarte em punho. Dentro da lei universal de equilíbrio, eu abro e fecho, subo e desço, atuo na horizontal e na vertical, no leste ou no oeste, atrás e na frente, encima e embaixo, impondo sempre o equilíbrio às criaturas humanizadas neste planeta, encarnados e desencarnados aos milhões. O Cosmo é movimento, nada está parado, nada é estático. Eu sou movimento. Não sou as ondas do mar, mas eu as faço movimentar- se...

Não sou as estrelas na abóbada celeste, mas meu movimento faz a sua luz chegar até as retinas...Não sou o ar que perpassa as folhas, mas as suas moléculas e partículas atômicas são mantidas em coesão e movimentadas pela minha força.... Iah, ah, ah... Este equilíbrio não se prende as vontades humanas e aos vossos julgamentos de pecado, certo ou errado, moral ou imoral. Eu atuo no contínuo temporal do espírito e naquilo que é necessário para a evolução. Se tiverdes programado nesta encarnação serdes ricos, o será com axé de Exu.

Se for o contrário, se em vida passada abusou da riqueza, explorou mão de obra, matou mineiros e estivadores de canaviais, e é para o equilíbrio de vosso espírito serdes mendigo, nascerás em favela sentindo nas entranhas o efeito de retorno, com axé de vosso Exu que vos ama, assim como um elástico que é puxado esticando e depois volta à posição de repouso inicial, estarei atuando para que seja cumprida a Lei de Harmonia Universal, mesmo que "julgueis" isto uma crueldade. Eu, Exu, vos compreendo. Vós ainda não me compreendeis.

Eu sou livre, livre e feliz. Vós sois preso, preso e infeliz no ciclo das reencarnações sucessivas.

Eu dou risada. Iah, ah, ah, ah !!!! Sabe por quê?

Porque eu sei que no dia que o Sol não mais existir, vosso planeta for mais um amontoado de rocha inerte vagando no cosmo, estaremos vivos, vivos, muito vivos, evoluindo, evoluindo, sempre evoluindo. Assim como vim para a Terra como caravaneiro da Divina Luz há milhares de anos atrás, assim iremos todos para outro orbe quando este planeta "morrer".

Quando este dia chegar, vós estareis um pouco menos iludidos com as pueris verdades emanadas dos homens e seus frágeis julgamentos religiosos. Eu, Exu, vou trabalhar arduamente para quando este dia chegar, vós estejais menos iludidos e quem sabe livre da prisão do escafandro de carne, assim como eu sou livre, livre, livre e feliz.

Iah, ah, ah, ah, ah.

Ditado pelo Guardião Pinga Fogo

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