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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Mistérios Naturais

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Salve turminha das ervas. Salve irmãoes e irmãs em Mamãe Natureza.

Estamos aqui firmes e fortes nesse nosso trabalho de formiguinha, disseminando o conhecimento sobre as ervas, d euma forma simples, objetiva, sem rodeios nem mistérios. Por falar em mistérios, quero começar alertando sobre os donos dos mistérios. Isso mesmo, os que se auto intitulam donos de determinadas forças da natureza. Prestem bastante atenção: não se quebra um dogma criando outros.

Uma folha é uma enciclopédia em si mesma. Numa folha está todo o código de uma raça elemental ionteira. Reconhecer a energia numa folha, não estamos falando da energia física, como aprendenmos no colégio, ma energia etérica, espiritual mesmo, enfim reconhecer essa energia é um dom, que pode ser desenvolvido sim. Existem pessoas que nascem com um dom para a música, com uma invejável voz afinada ou com uma habilidade nata para tocar determinado instrumento. Da mesma forma existem pessoas que tem uma sensibilidade natural para os elementos. Sentem as pedras, a água e as ervas.

Esta sensibilidade não é um benefício que Deus dá de presente àquela pessoa em especial, mas sim conquista dela em sua caminhada de aprendizado e conhecimento.

Negar seu dom seria a mesma coisa que vendar um dos olhos e se negar a enxergar com ele. Ou mesmo tapar uma das narinas, ou um dos ouvidos, ou mesmo os dois para não ouvir nada. Muitas pessoas gostariam de nascer com esses dons, mas tem a oportunidade de aqui, nessa jornada carnal, desenvolver pelo menos em parte, uma dessas capacidades.

mediunidadeA mediunidade, ou sexto sentido, ou como chamei aqui simplesmente de sensibilidade, pode ser desenvolvida dentro das suas condições e merecimento. E isso não está diretamente ligado ao plano espiritual humano. O dom de entender e reconheceer as reações das plantas é muito mais comum do que imaginamos. E sempre há quem afirme: acho que não tenho mão boa para plantas… Digo o contrário: pratique!

Tenha alguns instantes diários de contato com suas ervas e plantas ornamentais. Lave as mãos em água fria, com seu sabão ou sabonete preferido, enxagüe com bastante água sem tocar em nada espalme suas mãos sobre as folhas de uma planta… relaxe… solte os ombros, os braços… afrouxe os músculos… respire fundo pelo menos umas três vezes… feche os olhos e sinta a erva… sinta sua aura, sua vibração.

ervas-medicinais[1]Não desista se não sentir nada na primeira vez… a persistência fará com que dia a dia sua sensibilidade aumente. Quando menos esperar, estará em contato com um mundo fantástico, disposto a lhe ensinar, dentro também daquilo que você puder aprender, todo o conteúdo armazenado por milhares de anos de existência.
Os elementos vem participando da evolução humana a incontáveis eras. Uma das formas de entrarmos em contato com essas vibrações é o meio religioso.
A Umbanda como religião da natureza, proporciona um desses meios.

Os guias espirituais, caboclos, pretos-velhos, crianças, exus, etc, são manipuladores, senão naturais, preparados para tal. Conhecedores de como ativar os elementos, mesmo sem muita ritualística , sem folclore, estão ali, com uma folha, uma flor, semente, pedra, enfim, com um elemento natural ativo para o benefício de seu semelhante.

Quando oferendamos um Orixá, seja em seu ponto de forças ou mesmo dentro de nossos terreiros, os elementos ali colocados são manipulados de forma que proporcionem ligação, irradiação ou absorvência de vibrações também.

Não há conhecedores absolutos desses elementos, porque se alguém assim se intitula, se auto-intitula de próprio Criador da Natureza. Somos instrumentos de mais alto, aprendizes do amor pela Mãe Terra, e por todas as Mães que compõem esse magnífico quadro natural.
Saúde, sucesso e muita magia realizadora a todos.

Autor: Adriano Camargo
Créditos: Jornal Aldeia de Caboclos

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Boa Vontade

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Boa vontade é um bem precioso e raro, pois em essência, é uma das bases para todas as realizações superiores. Trata-se de uma das qualidades que Deus delegou ao homem para sua evolução espiritual. Este bem é impelido pelo anseio de que executa. É a disposição para ajudar, mas ajudar pra valer, querendo resolver e com o intuito de colaborar com os outros e com o mundo em que vivemos.

No atual estágio evolutivo da terra, o homem se ajuda pelas mãos dos outros homens, ou seja, os benfeitores espirituais podem nos dar a inspiração, a intuição do caminho a seguir, mas será apenas com as mãos dos próprios semelhantes que poderemos implantar o reino de Deus na terra. Dependemos do amor de uns para com os outros para sobrevivermos e é através da boa vontade que este amor é materializado em nosso orbe.

Amar ao próximo não é apenas sentir compaixão e ficar paralisado comom mero expectador, é agir, e ir ao seu encontro com atitudes concretas, é fugir da inércia, é olhar o outro e a,má-lo como devemos amar a nós mesmos.

Apenas uma atitude de boa vontade diária pode mudar o destino de muitos e pricipalmente o seu. Emprestar um livro, remover um potencial perigo na via pública, ouvir um irmão com paciência e silêncio, indicar alguém para uma oportunidade profissional, conter a irritação, doar um pouco dos seus recursos materiais para instituições filantrópicas, doar de seu tempo para a caridade e cidadania. Eis alguns exemplos de como podemos transformar a teoria em prática.

A má vontade é um dos piores flagelos da humanidade. Com frequência, por descuido de nossa partem adotamos um sentimento de inoperância e preguiça diantes das coisas, às vezes, parece que somos compelidos a fazer tudo pela metade. Tudo mais ou menos.

Vivemos em um mundo atribulado e materialista, onde somos propelidos todos os dias ao egoísmo, a pensar apenas em nós mesmos, frequentemente, nos esquecemos que todos somos habitantes da terra, que nossa evolução além de individual, também é coletiva.

Precisamos deixar para sempre a antiga lei do dente por dente e olho por olho, que impera ainda hoje em nossa sociedade, para nos aproximarmos das máximas de Cristo, nosso modelo e guia.

Autor: Quito Formiga
Créditos: Jornal Aldeia de Caboclos

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PROMOÇÃO – Camiseta de Oxossi

Com o crescimento do número de visitas no blog, bem como das curtidas na página, já passou da hora de uma promoção.


Para prestigiar nossos leitores iremos sortear uma camiseta de Oxossi do nosso Parceiro Umbanda no Peito.

promocaooxossi

Para participar, acesse nossa página e leia as regras com atenção: Umbanda – levando ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá.

Promoção válida apenas para usuários residentes no Brasil.

Boa sorte a todos! :)

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sábado, 5 de janeiro de 2013

Gentileza gera gentileza

70401161Salve sagrados irmãozinhos e irmãzinhas em Mamãe Natureza. Gentileza gera gentileza. Mas será que o mundo tem compreendido isso? O que será a gentileza?

Não quero fazer uma análise linguística, mas de forma bem automática, posso afirmar que a palavra gentileza vem de gentil, de gente, ou poderíamos definir – o que gosta de gente a ponto de ser nobre, amável.

Um dia desses, andando de carro na cidade, parei numa faixa de pedestres para que uma senhora passasse. A senhora tinha dificuldade de locomoção e atravessava devagar.

Coloquei o braço para fora para conter o carro que vinha atrás, que ao parar, não pensou duas vezes em buzinar, dar farol alto, enfim, fazer um escândalo para que eu andasse, independente de estar esperando a pedestre atravessar a rua.

Logo, um motoqueiro que vinha atrás, cortou pela direita e quase, mas quase mesmo, atropelou a senhora. Por pouco, um ato de gentileza, de educação e respeito ao próximo não se tornou o motivo de uma tragédia.

Dei esse exemplo do trânsito, mas podemos perceber isso em todos os locais. Invarialvelmente encontramos aquelas pessoas no comércio, ou em algum local de prestação de serviços, afirmando com o peito inflado: – Sabe com quem está falando?

Normalmente o mal educado é um ser frustrado, que não consegue receber amor, pois afinal, não tem e não o irradia, e naturalmente acredita que o mundo deve lhe servir pela imposição da força.

gentilezaNos terreiros é importante que se observe o comportamento do corpo religioso (médiuns, cambones, curimbas, etc.) dentro e fora do ambiente sagrado, pois afinal é a cara da Umbanda que estará sendo mostrada. E o mundo não perde uma oportunidade de taxar a forma de religiosidade de alguém de acordo com seus atos.

Sentir-se bem no terreiro, amparado pelos seus Guias e pelo ambiente firmado e assentado é tarefa até fácil. Levar consigo esse magnetismo no dia a dia, requer prática, vontade, persistência, coragem, e muitos outros atributos positivos.

Mas dá certo! Quando a gente compreende que as vibrações do congá são contínuas e o tempo todo nos amparam, aprendemos a nos ligar a essa energia benéfica e levá-la para onde formos.

Aprendemos também que há uma diferença entre situações de negativismo (o que é comum a todos nós), e estados de negativismo, principalmente quando o ser está fora do seu ambiente religioso.

Aprendemos que ao respirarmos fundo, elevarmos, mesmo que momentaneamente o pensamento às esferas superiores, sempre “algúem” atende e nos ajuda a sair da situação difícil. Visualizar seu congá e vê-lo irradiando luzes e cores durante essa respiração profunda é muito positivo e ajuda a mudar a vibração rapidamente.

Guarde na memória dois ou três momentos felizes da sua vida, e quando perceber que está perdendo o equilíbrio, ficou nervoso com alguma situação, e penderá para o lado que o tornará grosseiro, mal educado, enfim, anti gentil, lembre-os e procure através dessa memória visual, voltar o mais próximo do equilíbrio.

ajuda

Seja umbandista dentro e fora do terreiro. Gentil não apenas com seus irmãos de Fé, mas com o mundo. E verá que isso se multiplica e retorna com muita força. Gentileza e amabilidade não são demonstrações de fraqueza. Para ser gentil é necessário muita força. Pense nisso também.

Ao acordar, afirme que seu dia será perfeito, muito bom mesmo, e reconheça-se como filho(a) de Deus, merecedor de tudo de bom nessa vida!

Eu gosto muito de algumas rezas, e uma que sempre recorro para os momentos triste ou de energias densas é a Prece de Cáritas. Muito obrigado a todos.

Autor: Adriano Camargo
Créditos: JUS – Jornal
de Umbanda Sagrada

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Tradição ou Ostracismo?

“A Umbanda, como religião libertadora, tem nos seus estudos a garantia da Liberdade.”

16 orixás 01A Umbanda é uma religião muito nova, 103 anos, que traz em seu colo influências de muitas culturas e religiões, sendo predominante a cultura religiosa africana, fruto do nosso culto aos Orixás – Yorubá, divindades cultuadas na Nigéria.

Claro que a forma como a Umbanda se relaciona com os Orixás é bastante diferente que o Culto de Nação. Cito isso pois um termo típico da cultura africana é usado dentro da Umbanda, trata-se do que se chama de Tradição, afinal o que é tradição?

Para não me alongar quero adiantar que o conceito de Tradição no africanismo também é diferente do que ocorre na Umbanda, e como sou Umbandista só posso neste momento falar de Umbanda. A Umbanda neste primeiro século evoluiu muito e vai evoluir, cresceu e vem tomando forma, ainda não dá para prever sua forma, pois ela ainda está no processo de firmamento e construção de uma identidade.

zellio[1]Desde Pai Zélio de Moraes, sempre existiram reuniões no terreiro para estudos acerca da Umbanda e da espiritualidade. O tempo foi passando e, há mais de 30 anos, Pai Ronaldo Linares, baluarte da religião que conviveu com Pai Zélio de Moraes, criou o curso Sacerdócio Umbandista. Pai Jamil Rachid também desenvolveu um curso de casamento, batizado e funeral para sacerdotes, ao que consta um dos primeiros cursos com esta temática para dirigentes. O motivo é que os candidatos à Sacerdote de Umbanda, que tenham sido outorgados pelos guias espirituais, pudessem receber uma estrutura teórica e conceitual do que se trata o Sacerdócio. Centenas de terreiros de Umbanda surgiram a partir desses líderes conscientes e conscientizadores.

Toda religião, independente de seus templos, criam núcleos de estudos sobre sua Teologia, bem como assuntos correlacionados e, estranhamente, nas outras religiões isso não é um problema, muito pelo contrário, isso nada mais é que a constatação de uma organização e estruturação da religião, pois sabem seus idealizadores que um fiel consciente é um fiel convicto, que um fiel consciente é um fiel fortalecido, que um fiel consciente é um fiel producente.

No entanto, nos últimos tempos falar de estudos dentro da Umbanda é um problema, não para os fiéis preocupados com a evolução, mas sim para os tiranos dirigentes que evocam a tal Tradição, como se tradição fosse o enclausuramento do fiel ao terreiro. Pois pensam e transmitem a ideia de que Umbanda em toda sua simplicidade e complexidade se resume ao terreiro ou às suas experiências pessoais. Presos no orgulho não reconhecem a importância de estudar os vários assuntos que envolvem a religião Umbanda, pois também não a estudam e temem serem questionados. Querem na verdade fechar “seus filhos” numa ostra e ser reconhecido como o único detentor do saber.

Tradição espiritual pelo que aprendi no terreiro, conversando com o Preto Velho, Caboclo, enfim, é evolução constante, ampliação dos horizontes da consciência e do coração, de modo que apenas a realidade do terreiro é uma forma.

turibuloParticularidades do terreiro e da espiritualidade, somente o convívio oferece, o dia a dia no terreiro, as prosas com os guias, o convívio com o pai ou mãe do terreiro, com os irmãos, com o toque do tambor, com a fumaça do turíbulo, ah… estas coisas não tem estudo que transmita, claro que não! Mas explicam.

Por isso não podemos confundir Tradição com Ostracismo. Precisamos repudiar estes discursos que promovem a alienação dos religiosos Umbandistas, que centralizam os incautos entorno do peudo-mártir.

Umbanda precisa de estudos e escolas organizadas da mesma maneira que precisa se politizar, pois tudo isso corrobora para o seu crescimenteo, alicerçamento e reconhecimento. Eu militarei pela educação Umbandista, pois acredito que este é o caminho da evolução.

Eu sinto a Umbanda, eu vibro a Umbanda, eu amo a Umbanda, desde o primeiro contato com ela, mas tenho que confessar, ela fica mais encantadora, colorida e brilhante a cada novo conhecimento que tomo sobre ela, pois vou percebendo o amor de Olorum, que criou uma religião onde Ele pudesse se manifestar sem véus, ainda que tentem cobri-lo com uma Burca (traje feminino que esconde toda a mulher, como dita a Tradição Islã).

Obrigado aos grandes baluartes da Umbanda que por serem estudados sempre contribuíram para uma Umbanda estudada. Por isso digo que a Umbanda não é uma religião ideal, mas o ideal de religião! Saravá!

Autor: Rodrigo Queiroz
Créditos: JUS – Jornal de
Umbanda Sagrada

Imagens:

Turíbulo retirado do site: http://www.papefi.com.br/index.php?uri=L2RvL1Byb2R1dG9zLzMy

Zélio de Moraes retirado do site: http://jornalkibanazambiaxeecia.com/gpage6.html

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A Pemba

8f885cc481ed36d1ea29e466dbc17497A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos e ela pode ser usada de várias formas, tais como:

  • Para riscar pontos cabalísticos;
  • Para cruzar os filhos de fé;
  • Para pós-purificadores;
  • Para limparem pessoas;
  • Para cruzarem imagens ou outros objetos;
  • Para assentamentos;

Pemba significa e é um elemento mágico mineral.

A confecção das pembas acontece desta forma: um mineral, tipo calcário (um gesso) branco é moído e coado, depois é moldado em formas ovais que lhe dão uma forma de fácil manuseio e de boa resistência, não sendo muito duro nem muito mole.

A pemba ideal é aquela que risca facilmente sem esfarelar-se.

Os guias espirituais gostam de riscar pontos cabalísticos quando vão trabalhar. Cada um com seu próprio ponto, raramente repetido por outros guias, ainda que alguns símbolos, signos e ondas sejam comuns.

Porém sempre vemos diferenças entre os pontos de guias pertencentes a uma mesma linha ou corrente de trabalho espiritual.

As pembas podem ser consagradas ou não, tudo depende da orientação dos guias espirituais.

Uma Consagração Simples, pode ser feita por todos os médiuns e se processa dessa forma:

  1. Risca-se um círculo, firmam-se sete velas coloridas sobre ele e uma vela branca no centro.
  2. Colocam-se as pembas brancas ou coloridas (menos a de cor preta) dentro dele.
  3. Evoca-se Deus e os sagrados orixás, pedindo-lhes irradiação sobre aquele círculo e a imantação das suas vibrações divinas sob as pembas ali colocadas. E que as consagrem para serem usadas segundo as necessidades dos guias e dos médiuns (para riscarem pontos, cruzarem pessoas, fazerem pós-específicos, tornando-as condensadoras e anuladoras de energias negativas, etc).

Após a queima das velas, devem ser recolhidas as pembas já consagradas pelos sagrados orixás e guardadas em uma caixa ou serem envolvidas em tecidos com suas respectivas cores, só voltando a manuseá-las em caso de uso.

Esta forma de consagração é a mais simples de ser feita. Sendo realizada dentro do congá ou na casa do médium, em um local adequado.

e9356c67c416cd16f64128404721c49dUma Consagração Específica, também existe e processa-se de uma forma diferente, pois é feita nos campos vibratórios que devem ter a cor da irradiação na qual trabalham os guias.

  1. Faz-se uma oferenda ritual ao guia espiritual no campo da sua irradiação principal, (mata, pedreira, cachoeira, cemitério, mar, etc.) e deposita-se dentro dela – cercada por velas na cor da pemba – a(s) pemba(s) que se deseja consagrar.
  2. Após isso feito, o médium deve incorporar o seu guia (da direita ou da esquerda) e um cambone deve dar-lhe a que ele pedir, com as pembas a serem consagradas.
    Os guias espirituais têm “mãos de pemba” as imantarão e concentrarão nelas as vibrações de todas as irradiações divinas nas quais foram iniciados e de cujas vibrações retiram símbolos, signos e ondas que escrevem nos seus pontos.
  3. Após o guia consagrá-la(s), o cambone deve colocá-la dentro do círculo da oferenda e deixá-la em imantação até que o guia desincorpore e o médium agradeça aos orixás e ao seu guia por consagrarem a(s) sua(s) pemba(s).
  4. Após os agradecimentos, o médium deve envolver a(s) sua(s) pemba(s) em tecido da mesma cor e guardá-la, só voltando a manuseá-la se for riscar algum ponto cabalístico.

O local ideal no congá para guardar as pembas consagradas desta forma é atrás das imagens dos orixás e guias (se nos seus altares tiverem-nas) ou em um compartimento dele, oculto dos frequentadores do seu centro.

No caso de serem membros de um centro, devem guardá-las em suas casas, porém mantê-las encobertas e acondicionadas em uma caixa fechada e fora do alcance dos seus familiares.

por Rubens Saraceni
Créditos: JUS – Jornal de Umbanda Sagrada

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Exu não pode

bigPhoto_1Recentemente, um jornal carioca destacou o caso de uma professora proibida de usar o livro “Lendas de Exu” em uma escola municipal. A professora é umbandista e a diretora da escola é evangélica. É cada vez mais comum que professores e alunos de candomblé ou umbanda sejam discriminados nas escolas. A pergunta é: por que Jesus pode estar em um livro para o ensino religioso católico, destinado à rede pública, e Exu não pode? Exu não entra na escola porque este país é racista, e o racismo está presente na escola. Acredito também que atravessamos uma fase de avanço conservador na educação pública. A manutenção da oferta de ensino religioso na Constituição de 88, a aprovação deste como confessional no Rio, os livros didáticos católicos, a Concordata Brasil-Vaticano, são vitórias silenciosas que ampliam e legitimam as circunstâncias necessárias para discriminações como essa.

A mãe-de-santo Beata de Yemanjá diz: “Pensam que o Brasil é uma coisa só e nos discriminam. Isso é racismo.” Para o pesquisador Antônio Sérgio Guimarães, o racismo brasileiro é heterofóbico, a negação absoluta das diferenças implicando um ideal, explícito ou não, de homogeneidade (ou uma coisa só, como diz Beata).

umbanda-lendas-de-exu-martins-adilson_MLB-O-89671249_5353Quando uma escola proíbe um livro de lendas africanas ela discrimina culturas afrodescendentes. Exu é negro. Um poderoso e imenso orixá negro. É o orixá mais próximo dos seres humanos porque representa a vontade, o desejo, a sexualidade, a dúvida. Por que esses sentimentos não são bem-vindos na escola? Porque a Igreja católica tratou de associá-lo ao seu diabo e muitas escolas incorporam essa lógica conservadora, moralista e racista. O Exu proibido afirma que este país tem negros com diferentes culturas que, se entendidas como modos de vida, podem incluir diferentes modos de ver, crer, não crer, sentir, entender e explicar a vida. Positivo foi que muitos professores e professoras criticaram o ocorrido, o que mostra que também a escola não é “uma coisa só”. É nas suas tensões cotidianas que devemos lutar contra o racismo.

As culturas com suas religiões fazem parte do ensino de História da África. Como é que vai ser? Pais e professores arrancarão as páginas desses livros? Ou eles já serão confeccionados mutilados pelo racismo? Respondo com a saudação ao orixá excluído da escola: Laro oyê Exu! Para que ele traga mais confusão e com ela, o movimento, a comunicação, a transformação onde reina.

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/moreno/posts/2009/11/23/exu-nao-pode-243603.asp

por: Stela Guedes Caputo
Créditos: JUS – Jornal de Umbanda Sagrada

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