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sábado, 28 de junho de 2014

EU sou UMBANDISTA

umbandista3A IDENTIDADE de “umbandista”, na maioria das vezes, é algo que deve ser criado, por meio de cultura, informação e fundamentação da fé religiosa na Umbanda.

Se o praticante, adepto ou frequentador não se sentir “umbandista” não irá criar para si esta identidade. Temos ainda um problema no Brasil, a Igreja católica criou a identidade de “católico” mesmo para quem não frequenta e não acredita no catolicismo. Assim, as pessoas acreditam que ser católico não tem nada a ver com crença e sim com um rótulo, uma forma de etiqueta, que lhe foi colocado por meio do batismo e que só pode assumir outro “rótulo” se passar por uma “desrotulação” e nova rotulação. Um problema, afinal, pertencer a uma religião de fato tem a ver com sua crença, sua fé, seus valores, sua verdade e claro, com certeza, sua prática.

E assim temos milhares, ou milhões de pessoas, que acreditam na Umbanda, frequentam a Umbanda, tem sua verdade na Umbanda, encontraram seus valores na Umbanda e ainda carregam um rótulo de católico. Afinal, este é um rótulo de comodidade, ao se afirmar católico, evita-se qualquer conversa sobre religião, não há mais nada a ser dito.

Caso alguém queira questionar, se encerra o assunto dizendo que é católico não praticante e que, inclusive, é “um pouco” espiritualista ou esotérico.

Agora, para afirmar uma identidade Umbandista, é preciso saber explicar o que é Umbanda, é preciso estar pronto para as reações mais preconceituosas, é preciso ter sua fé fundamentada, é preciso estar seguro do que é a Umbanda. Para afirmar esta identidade. é precimo mais que apenas frequentar, é preciso conhecer. A Umbanda não deve vir como um rótulo. Muitos procuram a Umbanda e querem logo se batizar para trocar de rótulo e, quando lhe perguntam sua religião, dizem: sou umbandista, batizado e confirmado!

Seja, sim, umbandista, mas não carregue isso como um novo rótulo, seja umbandista por amor, consciência e conhecimento de causa. Seja umbandista por reconhecer a verdade na Umbanda, seja umbandista por crer na Umbanda, seja umbandista por viver a Umbanda de corpo, alma e coração.

Quando isto acontecer de fato, então, encha o peito de ar e diga com todas as letras de forma bem aberta e clara, com orgulho: EU sou UMBANDISTA.

por: Alexandre Cumino
Fonte: Jornal de Umbanda Sagrada

Equipe Umbanda Sete

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domingo, 22 de junho de 2014

O médium e o palco

retirado de: http://www.redeamigoespirita.com.br/group
/mediunidade/forum/topics/consciencia-e-mediunidade

É muito comum, infelizmente, vermos irmãos de jornada caindo nas garras do egocentrismo, da vaidade e do orgulho. Esquece-se que somos apenas instrumentos da espiritualidade, que os conselhos dados, que as palavras de consolo proferidas, que os passes energéticos, que os trabalhos magísticos, não são força ou poder do médium, mas, sim, manipulação das energias provenientes do guia comunicante.

Porém, vemos muitos, que começam quietos, mas que, com o tempo, passam a achar que seu mentor é o melhor, que o outro é ignorante, que os outros estão fazendo tudo errado e que são incapazes.

Pior ainda quando se pensa que ninguém mais sabe agir a não ser ELE mesmo. O Ego grita nesse momento, tentando se libertar e dominar o pobre instrumento que a espiritualidade tentou trabalhar. Ele vê seus mentores e guias operarem verdadeiras façanhas através de seu aparelho mediúnico, vê pessoas que chegam chorando aos pés dos guias saírem rindo e resolverem suas vidas, curas sendo proporcionadas, e assim acreditam que ELES que detêm o poder em suas mãos, e que são auto-suficientes.

Eis que começam as aberrações, os shows, giras viram espetáculos, e os mentores, já não podendo se sintonizar adequadamente com seu aparelho mediúnico, se “afastam”. Veja bem, não é o mentor que se afasta na realidade, mas o instrumento de comunicação se torna tão grosseiro e tão impróprio que é incapaz do mentor se familiarizar com suas emanações energéticas. Então, outros espíritos que se sintonizam a essas energias se aproximam, com intenções não tão nobres.

Então é culpa do obsessor? Não! Pois nem sempre são obsessores que fazem esse tipo de trabalho, mas a própria psique desequilibrada do médium que toma a frente dos trabalhos, passando este a agir como se estivesse manifestando um mental alheio. Porém é ele.

Eis porque a reforma interior é tão importante para todos os médiuns, neófito ou ancião, experiente ou iniciante. A reforma interior é vital para uma boa conduta mediúnica. pois precisamos compreender e aceitar que somos apenas o receptáculo de mentais alheios, e se assim o somos, devemos esperar sintonizar espíritos comprometidos com a Lei Maior e a Justiça Divina.

A moral duvidosa expõe um alvo para o baixo astral e as frequências negativas. A primeira lição a aprender é que não somos os detentores do poder; a segunda lição que deve ser aprendida simultaneamente é que não devemos jamais julgar quem pede ajuda.

Não se julgue “O" porta-voz dos mortos, eis que você é apenas um dos muitos porta-vozes. O médium não está em uma casa só pra servir de instrumento para as dores dos outros, mas também para suas, para aprender e para evoluir, coibindo suas próprias paixões desvirtuadas.


Mediunidade não é incorporar um espírito, mas incorporar os valores que esse espírito representa: compaixão e humildade.

por: Douglas Rainho - contatos: drainho@perdidoempensamentos.com

Equipe Umbanda Sete
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sábado, 21 de junho de 2014

Peregrino do amanhecer

retirado de:
http://ciganosencantados.blogspot.com.br/

2013/10/exu-gato-preto.html
Minha saga é tão longa como a criação do mundo. Vou resumir pra não cansar.

Em tempos perdidos na história, uma caravana de ciganos passava por um local esquecido por Deus, onde a peste tomava conta. O nobre senhor das terras não sabia mais o que fazer: morria o gado, as plantações pereciam e o povo passava fome. O chefe da caravana foi pedir licença pra acampar apesar da triste situação. Embora relutante, o senhor das terras concordou.

Passados alguns dias, novamente o chefe cigano foi visitar o fidalgo e disse que tinha a cura para tal desgraça. Após longa conversa, ambos de acordo, o cigano mandou limpar todo o mato às margens do riacho e atar fogo, eliminando ervas daninhas que envenenavam as águas e o solo. Disse que era a maneira de agradecer a hospedagem.
A jovem senhora, esposa do nobre, se encantou com o cigano. Porém, esse, sempre respeitoso, jamais traiu a confiança do hospedeiro. Mas o ciúme tomou conta e houve uma luta entre o fidalgo e o cigano. Na lutam o senhor caiu e morreu. O cigano, embora inocente, foi morto pelos homens do local.

Em um novo tempo, um cocheiro corcunda, todo torto, miserável, vivia entre os cavalos na estrebaria em uma vila. Vivia de esmolas. Certa vez, um nobre senhor pediu ao cocheiro que o levasse até a beira do rio onde iria pegar uma embarcação. Quando chegaram, ele desceu e falou ao cocheiro: “Hoje suas dores acabarão”.

Na volta, o coche bateu em uma pedra e caiu no rio. O corcunda desapareceu. Era o amanhecer de uma nova era. O cigano/cocheiro voltava às suas terras, junto com o seu povo. Hoje ele é um guardião da luz, chamado de EXU GATO.

Assim conto minha história. Um peregrino em busca da iluminação. Não sou diabo. Sou um filho de Deus como você.

por Elizabeth Zappelini - retirado do Jornal de Umbanda Sagrada



Equipe Umbanda Sete.
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