Atotô Obaluayê
Dia 16 de Agosto , é o dia que comemoramos o Orixá Obaluayê. Seu sincretismo católico é com São Lázaro e sua saudação é “Atotô Obaluayê”, que quer dizer “Silêncio”; suas cores são preto e branco; sua oferenda é pipoca preparada com areia, fatias de coco regadas com mel, água mineral ou vinho tinto, flores e velas brancas. Seus pontos de força são: cemitério – “calunga pequena”, mar – “calunga grande” e cavernas.
Tem como principal instrumento o Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito de nervuras de palha de dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, com que capta as energias negativas bem como “varre” as doenças, as impurezas e os males sobrenaturais.
Obaluayê é o Orixá que representa a Irradiação Divina da Evolução, é o Senhor das Passagens, aquele que permite a mudança de nível, de estágio ou de situação. É a Ele que clamamos quando no sentimos estagnados ou em sofrimento, seja na dor física, mental, emocional ou espiritual.
É o Orixá de elemento terra, que é vital à vida humana e encontra-se no começo e no fim de toda a vida, aliás, é sabido que: “tudo o que sai da terra é dotado de vida e tudo o que volta a terra é novamente provido de vida”.
Obaluayê está relacionado ao retorno, ao pó, ao resnascimento, à transformção, à transmutação e à regeneração.
Obaluayê é o Orixá Sábio e Ancião, rege a linha dos Pretos-Velhos, linha que nos presenteia benevolentemente e continuamente com sua capacidade de Sabedoria e Paciência, de Tolerância e Renúncia, de Bondade e Generosidade.
Se curvar diante de Obaluayê é buscar no íntimo a compreensão de seus carmas e transformá-los em darmas.
Se cobrir com as palhas desse Orixá é procurar dentro de si a cura de seu espírito e de suas mazelas.
Se banhar com as pipocas de Obaluayê é transformar a vida em um lindo jardim cheio de flores brancas e perfumadas.
Saudar Obaluayê é clamar pelo silêncio da emoção desenfreada a fim de ouvir a voz da sapiência.
Tocar na terra três vezes ao saudar Obaluayê é acordar a terra e cultivar a esperança da sensatez.
Fazer o sinal da cruz no chão, é afirmar que aceita as dores da matéria, na matéria, enquanto o espírito afirma a importânciada da regeneração e da renúncia para a sua evolução e evolução da humanidade.
Por Mãe Mônica Caraccio
Créditos: JUCA – Jornal de
Umbanda Carismática
Para completar esse artigo deixo aqui a minha mensagem: Parabéns Obaluaê pelo seu dia, agradeço as bençãos, a proteção e a saúde que o Senhor me dá todos os dias de minha vida. E peço que cada pessoa que aqui passar, receba do Senhor saúde, proteção, paz, sabedoria, renovação, cura, alegria e tudo o que ela precisar!
Atotô Obaluaê! Atotô!
Até a próxima, caro leitor!