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sábado, 27 de novembro de 2010

De Volta a Nosso Lar…

A única certeza que temos da vida é que um dia morreremos e teremos de acertar as contas com Deus, de tudo o que fizemos aqui, por isso aprendemos desde pequenos para sempre fazer o bem e cumprir nossa missão da melhor forma possível, para no final podermos realmente descansar em paz e evoluirmos. A mediunidade faz parte da missão de alguns, ela pode ser mediunidade de vidência, incorporação, audição, a esquecida Xenoglossia, psicografia, dentre outras, e esses dons devem ser usados na base da caridade, ou seja não cobrar pelos serviços prestados, pois a informação que recebemos não é nossa, e sim de um espírito que nos ensina a resolver determinados problemas e situações, porque se dependessemos do nosso conhecimento não ajudaríamos metade de quem nos pede ajuda, no entanto existem os mercenários de plantão que cobram pelo uso de seus dons e como tudo que tem uma ação, tem uma reação, aqui não seria diferente, existe consequências e cobranças pelo que fazemos com nossos dons. Dom que Deus nos deu não pode ser usado para benefício próprio, financeiro menos ainda.

Vou postar abaixo um artigo do JUS sobre os 7 médiuns fracassados, que sirva de aprendizado e lição aos mercenários de plantão.

republicadosespiritosDe volta a Nosso Lar
7 Médiuns Fracassados


PRIMEIRO CASO

"aos vinte anos de idade fui chamado à tarefa mediúnica... A vidência, a audição e a psicografia, que o Senhor me concedera, por misericórdia... Entretanto, apesar das lições maravilhosas de amor evangélico, inclinei-me a transformar minhas faculdades em fonte de renda material... não era meu serviço igual a outros? Não recebiam os sacerdotes católicos-romanos a remuneração de trabalhos espirituais e religiosos? Se todos pagávamos por serviços ao corpo, que razões haveria para fugir ao pagamento por serviços à alma?

Debalde, movimentaram-se os amigos espirituais aconselhando-me o melhor caminho. Em vão, companheiros encarnados chamavam-me a esclarecimento oportuno. Arbitrei o preço das consultas, com bonificações especiais aos pobres e desvalidos da sorte, e meu consultório encheu-se de gente.

grande número de famílias abastadas tomou-me por consultor habitual, para todos os problemas da vida. As lições de espiritualidade superior, a confraternização amiga, o serviço redentor do Evangelho e as preleções dos emissários divinos ficaram
à distância.
Não mais a escola da virtude, do amor fraternal, da edificação superior, e sim a concorrência comercial, as ligações humanas legais ou crimonosas, os caprichos apaixonados, os casos de polícia e todo um cortejo de misérios da Humanidade, em suas experiências menos dignas...

E transformei a mediunidade em fonte de palpites materiais e baixos avisos.

- Mas a morte chegou... a ronda escura dos consulentes criminosos, que me haviam orecedido no túmulo, rodeou-me a reclamar palpites e orientações de natureza inferior. Queriam notícias de cúmplices encarnados, de resultados comerciais, de soluções atinentes a ligações clandestinas. Gritei, chorei, implorei, mas estava algemado a eles por sinistros elos mentais.


SEGUNDO CASO


Fiz quanto pude - exclamava uma velhinha simpática para duas companheiras que a escutavam atentamente - ... mas... e o marido? Amâncio nunca se conformou.

Se os enfermos me procuravam no receituário comum, agravava-se-lhe a neurastenia; se os companheiros de doutrina me convidavam aos estudos evangélicos, revoltava-se ciumento. Que pensam vocês? Chegava a mobilizar minhas filhas contra mim. Como seria possível, em tais circunstâncias, atender a obrigações mediúnicas?

Todavia - ponderou uma das senhoras que parecia mais segura de si -, sempre temos recursos e pretextos para fugir às culpas. Encaremos nossos problemas com realismo. Há de convir que, com o socorro da boa vontade, sempre lhe ficariam alguns minutos na semana e algumas pequenas oportunidades de fazer o bem.


TERCEIRO CASO


Para trabalharmos com eficiência - tornou a companheira, sensata -, é preciso saber calar, antes de tudo.

Teríamos atendido perfeitamente aos nossos deveres, se tivéssemos usado todas as receitas de obediência e otimismo que fornecemos aos outros.

Não executei minha tarefa mediúnca, em virtude da irritação que me dominou, dada a indiferença dos meus familiares pelos serviços espirituais. Nossos instrutores, aqui, muito me recomendaram, antes, que para bem ensinar é necessários exemplificar melhor. Entretanto, por minha desventura, tudo esqueci no temporário da Terra.

Não suportava qualquer parecer contrário ao meu ponto de vista, em matéria decrença, incapaz de perceber a vaidade e a tolice dos meus gestos.

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QUARTO CASO

Preparei-me o bastante para resgatar antigos débitos e efetuar edificações novas; contufo, não vigiei como s eimpunha. O chamamento ao serviço ressoou no tempo próprio, orientando-me o raciocínio a melhores esclarecimentos; nossos instrutores me proporcionavam os mais santos incentivos, mas desconfiei dos homens, dos desencarnados e atpe de mim mesma.  Nos estudiosos do plano físico, envergava pessoas de ma fé; nos irmãos invisíveis, presumia encontrar apenas falhofeiros fantasiados de orientadores e , em mim mesma, receava as tendências nocivas. Muitos amigos tinham-me em conta de virtuosa, pelo rigorismos das minhas exigências; todavia, no fundo, eu não passava de enferma voluntária, carregada de aflições inúteis…

[…] o receio das mistificações prejudicou minha bela oportunidade.
-É, minha amiga – tornou a interlocutora –, é tarde para lamentar. Tanto tememos as mistificações, que acabamos por mistificar os serviços de Cristo.

QUINTO CASO

- Faltou-me o amparo da esposa. Enquanto a tive a meu lado, verifica-se profundo equilíbrio em minhas forças psíquicas. A companhia dela, sem que eu pudesse explicar, compensava-me todo gasto de energia mediúnica. Minha noção de balanço estava nas mãos de minha querida Adélia. Esqueci-me, porém, de que o bom servo deve estar preparado para o serviço do Senhor, em qualquer circunstância…

Quando me senti sem a dedicada companheira, arrebatada pela morte, amedrontei-me, por sentir-me em desequilíbrio e, erradamente, procurei substituí-la, e fui acidentado.

Extremamente ligada a entidaes malfazejas, minha segunda mulher, com os seus devarios, arrastou-me a perversões sexuais de que nunca me supusera capaz. Voltei, insensivelmente, ao convívio de criaturas perversas e, tendo começado bem, acabei mal.

SEXTO CASO

No quadro dos meus trabalhos mediúnicos, estava a recordação de existências pregressas mas existe uma ciência de recordar, que não respeitei como devia.

Sentia, intuitivamente, a vívida lembrança de minhas promessas em “Nosso Lar”. Tinha o coração repleto de propósitos sagrados. Trabalharia, espalharia muito longe a vibração das verdades eternas. Contudo, aos primeiros contatos com o serviço, a excitação psíquica fez rodar o mecanismo de minhas recordações adormecidas, como o disco sob a agulha da vitrola, e lembrei toda a minha penúlyima existência, quando envergara a batina, sob nome de Monsenhor Alexandre Pizarro, nos últimos períodos da Inquisição Espanhola.

Foi, então, que abusei da lente sagrada a que me referi. A volúpia das grandes sensações, que pode ser tão prejudicial como o uso do álcool que embriaga os sentidos, fez olvidar os deveres mais santos… não estava satisfeito senão com rever meus companheiros visíveis e invisíveis, no setor das velhas lutas religiosas.

Impunha a mim mesmo a obrigação de localizar cada um deles no tempo, fazendo questão de reconstitui-lhes as fichas biográficas, sem cuidar do verdadeiro aproveitamento no cmapo do trabalho construtivo.

A audição psíquica tornou-se-me muito clara; entretanto, não queria ouvir os benfeitores espirituais sobre tarefas proveitosas e sim interpelá-los, ousadamente, no capítulo da minha satisfação egoísyica.

“Não faltaram generosas advertências.”
Mas, qual! Eu não queria saber senão das minhas descobertas pessoais.

SÉTIMO CASO

“Tínhamos quatro reuniões semanais, às quais comparecia com assiduidade absoluta. Confesso que experimentava certa volúpia na doutrinação aos desencarnados de condição inferior. Para todos eles, tinha longas exortações decoradas, na ponta da língua. Aos sofredores, fazia ver que padeciam por culpa própria. Aos embusteiros, recomendava, enfaticamente, a abstenção da mentira criminosa, Os casos de obsessão mereciam-me ardor apaixonado. Estimava enfrentar obssessores cruéis para reduzí-los a zero, no campo da argumentação pesada. Somente aqui, de volta, pude verificar a extensão da minha cegueira.

Por vezes, após longa doutrinação sobre a paciência, impondo pesadíssimas obrigações aos desencarnados, abria as janelas do grupo de nossas atividades doutrinárias para descompor as crianças que brincavam inocentemente na rua,

Isso, quanto a coisas mínimas, porque, no meu estabelecimento comercial, minhas atitudes eram inflexíveis. Raro o mês que não mandasse promissórias a protesto público. Lembro-me de alguns varejistas menos felizes, que me rogavam prazo, desculpas, proteção. Nada me demovia, porém. Os advogados conheciam minhas deliverações implacáveis.

Não conseguia perceber que a existência terrestre, por si só, é uma sessão permanente.
Passe para cá, qual demente necessitado de hospício. Tarde reconhecia que abusara das sublimes faculdades do verbo. Como ensinar sem exemplo, dirigir sem amor?

Entidades perigosas e revoltadas aguardaram-me à saída do plano físico…
[…] alguns bons amigos me trouxeram até aqui. E imagine o irmão que meu Espírito infeliz ainda estava revoltado.

- Desde então, minha atitude mudou muítíssimo, entendeu?
”…a multiplicidade de fenômenos e as singularidades mediúnicas reservam supresas de vulto a qualquer doutrinador que possua mais raciocínios na cabeça que sentimentos no coração.”

Fragmentos retirados do livro
Os Mensageiros, de Chico Xavier
Adaptado por: Alexandre Cumino
Créditos: JUS- Jornal de
Umbanda Sagrada

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